Hoje voltamos ao local do concerto de ontem.
O que procurávamos?
Ele, um novo professor de sitar.
Eu, alguma coisa para mim.
É uma casa de música. E é uma casa de músicos há gerações. E eu sabia que não faria o menor sentido agora aprender algum instrumento. Mas eu queria estar ali. E eu queria estar perto daquele homem. E, mesmo que tudo aquilo parecesse absurdo, eu fui procurá-lo porque ele foi a pessoa que, aqui, conduziu-me para o mais próximo possível do que eu chamaria de deus.
Pois bem. Eu fui procurar deus na casa de um músico.
É ridículo, eu sei.
Mas ele tinha algo para mim: eu poderia ter aulas de meditação com vocalização. Levou-me para a sala de cima, frente à imagem de Saraswathi, entoou mantras e cânticos religiosos de diferentes religiões e me mostrou:
- Está vendo? Pode ser Shiva ou Alá. É tudo uma coisa só. É ohm, a vibração do universo.
Eu nunca quis um guru. E nunca gostei que me apontassem caminhos ou sentidos ou verdades.
Mas eu quero vibrar com o universo.
- Eu não canto nada – alertei-lhe.
- Não faz mal. Vai sair de dentro e você vai aprender a vibrar. Olhe só: quando você canta para deus, de braços abertos e cabeça erguida, você libera a tensão deste ponto do corpo. Quando você canta nesta outra postura, você recebe energia aqui – ia me mostrando.
E completou:
- Yoga é ótimo para se conectar. Mas música... Música é mais yoga do que yoga.
De repente fez todo sentido.
O que procurávamos?
Ele, um novo professor de sitar.
Eu, alguma coisa para mim.
É uma casa de música. E é uma casa de músicos há gerações. E eu sabia que não faria o menor sentido agora aprender algum instrumento. Mas eu queria estar ali. E eu queria estar perto daquele homem. E, mesmo que tudo aquilo parecesse absurdo, eu fui procurá-lo porque ele foi a pessoa que, aqui, conduziu-me para o mais próximo possível do que eu chamaria de deus.
Pois bem. Eu fui procurar deus na casa de um músico.
É ridículo, eu sei.
Mas ele tinha algo para mim: eu poderia ter aulas de meditação com vocalização. Levou-me para a sala de cima, frente à imagem de Saraswathi, entoou mantras e cânticos religiosos de diferentes religiões e me mostrou:
- Está vendo? Pode ser Shiva ou Alá. É tudo uma coisa só. É ohm, a vibração do universo.
Eu nunca quis um guru. E nunca gostei que me apontassem caminhos ou sentidos ou verdades.
Mas eu quero vibrar com o universo.
- Eu não canto nada – alertei-lhe.
- Não faz mal. Vai sair de dentro e você vai aprender a vibrar. Olhe só: quando você canta para deus, de braços abertos e cabeça erguida, você libera a tensão deste ponto do corpo. Quando você canta nesta outra postura, você recebe energia aqui – ia me mostrando.
E completou:
- Yoga é ótimo para se conectar. Mas música... Música é mais yoga do que yoga.
De repente fez todo sentido.
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