domingo, 8 de agosto de 2010

Pai

Tem uma música do Oswaldo Montenegro que diz: "...mas já não acho a professora a mais bonita e o meu pai o maioral". Eu não me lembro de ter passado por essa fase ingênua, de idealizar os heróis da infância. Não passei por essa fase, em que meu pai era o super-herói, capaz de todas as façanhas e portador de nenhum defeito.

Foi, pois, com a maturidade de certa idade (nem tanta idade assim, não exageremos) e a quebra das ilusões da infância, que hoje tenho certeza de que meu pai é, sim, o maioral. Quanto mais adulta me torno e quanto mais da vida conheço, mais reconheço essa certeza.

Então rejuvenesço a ponto de parecer dessas crianças na escola, contando as façanhas do pai, tão plena de orgulho. E vou enumerando suas tantas atividades, que ele realiza com maestria: meu pai pinta quadros, dá aulas, projeta casas, constrói móveis, escreve livros, faz brinquedos de madeira, artesanatos em papel, cultiva plantas,...

É uma pessoa que se dedica à beleza em suas diversas formas. E quando estou ao seu lado, ouvindo-o contar suas histórias, suas crenças e suas cores, penso que seu mundo me enche de uma grandiosidade que faz com que eu me sinta o mais próximo daquilo que chamo de um Deus.

2 comentários:

Ana disse...

É bom crescer ao lado de um pai. É bom ter alguém para admirar, alguém cheio de qualidades e defeitos. Alguém que doe um pouco do seu tempo para nós.
Pela mulher que você se tornou tenho certeza que teve pais maravilhosos.

Julia Lemos disse...

eu amo meu pai! E eu também adoro seu pai!! ;)