sexta-feira, 24 de junho de 2011
Singrar
Foi-se o porto e agora tudo é mar. Houve um momento de esperança desse encontro, como se houvesse o que encontrar. Você procurando tesouros em mim, barco vazio. E os meus tesouros estavam ao redor: o azul. Eu quis te levar para navegar. Você insistindo em entrar neste barco de portas trancadas, cheio de fantasmas. Navio de guerra. Navio pirata. Eu naveguei tanto para chegar até você. Mas são diversos os caminhos. E a lua controla a maré. Você veio por terra. Eu não soube ancorar. Eu não sei o peso do navio de carga. Menina lançada ao mundo, você disse. Então eu abro as velas e me lanço ao vento. A insustentável leveza carrega essa dor do ser. Que o vento saiba o que eu não sei. Eu me lancei.
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5 comentários:
como amo seu olhar! como amo sua slinhas!!
Ai ai.. mas se o porto ancora em nós, não há Austrália, Estados Unidos ou do Leme ao Pontal que o arranque...
Olá Lian. Eis um texto com cheiro a maresia, mas que no fundo é poesia autêntica. Não há mar que chegue para conter tanta coisa ao mesmo tempo! É um turbilhão de sentimentos, onde o desejo dá lugar à recusa, mas com a intenção de seguir em frente. Parabéns pelo espaço, espero voltar.
Oi, seu blog é um encanto e já tô seguindo , passa lá no meu e retribui ok bjs!!!
http://palavraseessencias.blogspot.com/
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