Curioso que meu novo professor de interpretação tem trabalhado conosco sobre nossas bolhas energéticas. São essas as bolhas que dão nome ao meu blog, que fundamentam minha teoria sobre relacionamentos. Eu tenho uma bolha enorme, gigantesca. Não é preciso que se aproximem muito de mim para que eu me sinta invadida, neste espaço que me circunda e que é meu, minha bolha. São poucas as pessoas que conseguem adentrar minha bolha, menos ainda as que me fazem viver nas suas.
Hoje eu voltava para casa de metrô, dentro da minha enorme bolha. Estava sentada e, como de costume, observando apenas com o olhar periférico o que se passava à minha volta. Minha irmã diz que eu rosno quando alguém se aproxima. Pois eu rosnava. Cada vez que a pessoa sentada a meu lado fazia algum movimento que ameaçava aproximação, eu rosnava, ajeitando-me incomodada na cadeira.
Então o rapaz ao meu lado derrubou algo que caiu próximo a minha perna. Afastei-me imediatamente, para que não houvesse o perigo de ele encostar em mim. Ele pediu desculpas, eu olhei para ele e para o objeto caído. Era uma peça de dominó. Ele trazia o jogo em uma lata no colo. Por algum motivo, aquilo me desmontou. Desisti imediatamente de ser grosseira.
Achei terno alguém andando de metrô com um jogo de dominó no colo. Virei-me para o outro lado, achando graça. Então o rapaz puxou assunto e fomos até minha parada conversando animadamente.
Era uma pecinha de dominó, apenas. Mas por um momento caiu ao meu lado, furou minha bolha e me desarmou.
2 comentários:
Que legal Lian....
Dessa bolha, eu me lembro dos patos com pernas de ouro.... srsrsrsrsr
Abraços
Guilherme
num labirinto de dominos, ao se esbarrar numa peça, tem se a queda da peça seguinte, e então a seguinte e assim sucessivamente... eis q agora o dominó derrubara uma bolha...
A vida é assim, uma série de reações em cadeia... não é bom, às vezes simplismente nos permitir viver o inesperado?
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