segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Adeus ano velho...

Ano de achados e perdidos, de redefinições, reconstruções. Dois mil e nove foi um ano definitivamente atípico em minha vida. Comecei o ano com a vida virada de cabeça pra baixo e com a sala de casa cheia de tralhas, sem saber onde enfiar cada objeto e como guardar cada sentimento. À medida que fui organizando e escolhendo um lugar para cada coisa, também encontrei coisas minhas que eu não imaginava que existiam. Uma saudade antiga, uma loucura, uma força. Tive a liberdade dos que pouco têm o que perder. Tive uma necessidade imensa de buscar algo substancial que me era desconhecido. E nesse aspecto o teatro me salvou, permitindo que eu me jogasse, experimentasse, desafiasse. Pessoas saíram definitivamente de minha vida. Pessoas entraram. Pessoas retornaram. Pessoas passaram. E o que marcou meu ano foi isso: pessoas. Essas que já faziam parte da minha rotina, mas que agora entraram irreversivelmente. Essas que apareceram como boas surpresas. Essas que permaneceram tão profundamente ligadas mesmo à distância. Todas essas, que estarão comigo em 2010, 2011, 2020,...

3 comentários:

Erika disse...

Eu quero ser sua amiga só até 2150. E não me peça mais do que isso!..heheh. Brincadeiras bestas à parte, seu ano parece que foi ótimo. Só faltou vc vir mais aqui, né? Ótimo 2010 pra vc! Beijos

Julia Lemos disse...

lembro do início do ano, as expectativas com a CAL e as roupas entulhadas num quartinho... Hoje me encho de alegria em ver você seguir em frente na busca do que você acredita ou que, pelo menos, lhe faz crescer. até a velhice amiga querida!

Anônimo disse...

Sente só que lindo:

"(...)Tive a liberdade dos que pouco têm o que perder. Tive uma necessidade imensa de buscar algo substancial que me era desconhecido.(...)". Lian Tai

Querida, você tem razão. O que realmente mais nos diz, e mais afeta, e mais bagunça, e mais desafia, e mais encanta, e mais burila, e mais transforma, eu acho, são os encontros com as pessoas. São as pessoas. Somos nós com os encontros com as pessoas. Não tem outra. Acho que, no fundo, podemos fazer tudo o que nos apraz e interessa, e devemos fazer cada vez mais e melhor, mas tem isso: estamos no mundo pra amar melhor e pra aprender a ser amados com mais leveza e riqueza.

Adorei conhecer você neste 2009, você sabe o quanto admiro o seu talento, como escritora, como atriz, e torço para que ele diga pra muita mais gente como já disse pra mim. :)

Um ano novo lindo pra você. Que tudo o que mais lhe importa, floresça. Com certeza, a gente se encontra por lá.

Beijos