Estréia se aproximando. A vida começa a ficar mais corrida, os ensaios mais puxados. Cheguei na CAL ontem e já havia uma galera organizando o cenário, colando papéis, enrolando bambolês. No final do corredor, havia uma porta aberta. Pra ser honesta eu nunca havia reparado que aquilo era uma porta. Então eu vi que, atrás dela, havia mais, muito mais, um espaço gigantesco que se abriu ante meus olhos, com mato, bambus, casa, cachorros, muitos outros caminhos, outros espaços. Aquele universo inusitado provocou em mim uma súbita sensação de liberdade. Minha vontade era sair correndo pela mata, subir em árvores. Estava me sentindo em uma chácara. Subi e desci escadas correndo, andei sobre muros, corri, falei adoidada. Estava feliz.
Quando eu era criança, eu e minha irmã dormíamos no mesmo quarto, em uma beliche. Algumas vezes meu pai desmontava nossa beliche, que se transformava em duas camas. Eu me sentia em um acampamento. Essa simples mudança no quarto me deixava contente como se estivesse em uma festa. E estava.
Às vezes abrir uma porta ou mudar a disposição de um móvel é o suficiente para fazer valer um dia. Ou uma vida. Basta uma alteração pequena, só para nos fazer ver que, na rotina, existem múltiplas possibilidades. E que tudo pode ser encarado sob outros ângulos, é só procurar um novo olhar sobre o mundo.
2 comentários:
Oi Lian!! A rotina, apesar de chata, é necessária em nossa vida. O que a gente deve procurar são pequenos gargalos de fuga, como estes que você citou.
Toda sorte do mundo na peça, gostaria muito de estar aí para ver. Já estou e volta a Goiânia, esperando você aqui para aquela salada de fruta, rsrs!! Muito obrigado pelo cartão (vi quando eu cheguei, rsrs), suas palavras são maravilhosas!! grande beijo!!
to descorbindo q te amo!
Amo esse seu olhar peculiar pras coisas!
sua alegria de viver!
sua sensibilidade!
sua insistencia em trazer memórias da infancia!
amo aprender c vc!!!
to descobrindo q te amo!
;)
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