Fazer coisinhas é uma arte. Não é exatamente fazer tricô, nem découpage, nem scrapbook. É a vontade de fazer tudo isso e depositar um carinho em cada objeto feito. A minha história com coisinhas vem de longa data. Desde que eu me entendo por gente, quando tentava reproduzir as instruções do livro "Fazendo e brincando", da coleção "O mundo da criança". Também adorava aqueles programas de tv que ensinavam a fazer objetos de sucata. A algumas coisinhas eu resisti durante bom tempo, por puro preconceito. Na adolescência, via as mães fazerem tapetes enquanto esperavam os filhos na natação. Morria de vontade de fazer. Mas essa atividade, assim como tricô, crochê e bordado, eram vistas por mim como coisas de dona-de-casa. Anos depois aprendi a fazer tricô com minha avó. Fiz um cachecol, dei de presente e nunca mais toquei naquelas agulhas.
Também já tive a minha fase de ponto-cruz, de móbiles de origami, de tentar aprender macramê e de começar um tapete. Inventei de fazer um tapete gigante, mas ele era quase infinito. Não importava o quanto eu bordava, sempre faltava um pedaço imenso. Ainda por cima, soltava tantos fiapos, que tornava a atividade impossível, por causa da minha alergia.
Na faculdade, conheci a Júlia, que também tivera uma infância com "O mundo da criança". Juntas, fizemos curso de crochê em barbante, para aprendermos a fazer aquelas bolsas de bicho-grilo e morríamos de rir da aula, cheia de velhinhas, cujo assunto eram as próprias avós. Também nos divertíamos quando recebíamos recado em casa: "Sua professora de crochê ligou convidando para a festinha da turma". Também pintávamos quadros, fazíamos scrapbook e tivemos uma oficina de caixinhas. Passávamos noites pintando e colando guardanapos em caixinhas, fazendo porta-cartas, porta-ovos, porta-lápis. Enfim, não faltava com o que portar as coisas. Tivemos momentos memoráveis, como o diálogo com o Marcelo, quando o convidamos pra fazer origami com a gente:
Marcelo: Podem fazer, vou ficar só olhando.
Lian: Você não gosta de fazer coisinhas?
Marcelo: Não.
Lian: Nenhum tipo de coisinha?
Marcelo: Não.
Lian: Ué, mas você pinta!
Marcelo: É.
Lian: Então você faz coisinha!
Marcelo: Ah, tá. Eu não sabia o que "coisinhas" abrangia!
Depois me prometi fazer uma bolsa de patchwork quando entrasse no mestrado. Entrei, saí, e a bolsa, nada. Aqui no Rio, ficava horas fazendo scrapbook com a Érika. O resultado são álbuns e álbuns. Um mais geral, outro com detalhes, outro de viagem, um de receitas... E também fazíamos filminhos.
Enfim, minhas últimas coisinhas são o cachecol e a faixinha de cabelo da foto, feitos com tear de prego, e uma touca de cabelo, de crochê.
5 comentários:
ah! faz tanto tempo que não faço coisinhas! estou com vontade de aprender ponto cruz! mas falta um pouquinho de dedicação! eu, que sempre gostei de bordar em buracos grandes, com linhas grossas como lã, agora quero fazer ponto cruz,. comecei a ver graça em coisinhas pequenininhas! e minha avó borda com linha de costura uns pontos diferentes, faz flor, bichinhos.. estou com vontade de aprender tb!
Ah, que delícia!! Não sou boa pra coisinhas, mas sabe, tenho uma coisona na minha sala feita por vocês que eu adoooro! saudades!!
PS: minha cartinha chegou?
Coisinhas ehehehe
queria tanto ter paciência para fazer.. hehehe
Ah unica coisa q gosto de fazer , são estrelinhas de papel, tem um pote cheio aki. rs
Lian faz um Cachecol ae pra mim rsrs
brincaderinha menina.
bjinhus,,
adorei seu Cachecol,,
muito lindo.
Eu sou igual a Maria Cristina, não sou nada bom para coisinhas.Não tenho o menor dote artístico e tenho pouca habilidade com a mão.
Enfim...
Gostei da faixa no cabelo, ficou ainda mais bonita com ela.
Ah, não vi o filme do Didi, mas te vi na telona também.Passou o comercial no cinema, mas foi tão rápido...
Beijão Lian
Postar um comentário