Em 2011 eu... Me mudei de casa. Adotei um gato. Bati o carro. Lutei por um antigo amor e, quando consegui, descobri que não era isso. Estive do outro lado do mundo. Cortei o cabelo. Doei sangue. Subi a Pedra da Gávea. Mergulhei na Grande Barreira de Corais. Fiz tatuagem. Me formei em teatro. Casei minha melhor amiga. Me apaixonei. Pensei em mudar de cidade. Aterrissei em Bali sem dinheiro no bolso. Fiz amizade com mendigo. Quis virar mendiga. Fiz rapel descalça e com short de pijama. Aprendi a fazer arroz. Tive dread no cabelo. Dormi em aeroportos e McDonalds 24horas. Voltei à Yoga.
E, sobretudo, fui tão, tão feliz. E acabei atropelada pelo tempo e não conseguindo enviar cartões às pessoas queridas.
Mas quero registrar minha gratidão a todos que estiveram em minha vida. Aos que me abrem as minhas portas e me ensinam sobre mim. Aos que me permitem os mergulhos. Aos que me elevam. A quem sempre lembra. A quem sempre está. A quem está de vez em quando. A quem eu gostaria que estivesse. A quem me apoiou nos projetos acadêmicos e poéticos. A quem me vestiu com máscara de minha mesma face, para que eu me tornasse personagem. A quem me fotografou com as lentes da arte. A quem me pintou com cores vibrantes. A quem me escreveu com doçura inventada. Peço perdão aos que não consegui amar. E devolvo amor aos que não me amaram. Lembranças aos que encontrei pelo mundo. Força aos que me apoiaram, sobretudo nas loucuras. Aos que me ouviram. Aos que me enxergaram.
Um 2012 de enxerga. De escuta. De amor.
Um 2012 de loucura e de arrebatamento.
De mergulhos e escaladas.
Sigamos.
O mundo vai começar...