Dia estranho... Prefiro não comentar!
terça-feira, 28 de julho de 2009
quinta-feira, 23 de julho de 2009
De volta ao Rio
Após uma semana em Goiânia, voltei, na segunda-feira, ao Rio. Fui embora com uma sensação esquisita, sabendo que não voltarei mais ao apartamento onde vivi por mais de quinze anos. Na minha próxima visita à cidade já estaremos na casa nova, o que também acabou me animando, já que adorei a casa. Foi bom rever os amigos, embora pouco, já que todos os que não viajaram estavam trabalhando. Mas isso mudará em breve, depois que eu escrever o Manifesto que eu e Júlia idealizamos. Também foi surpreendente reencontrar ao acaso gente que há tanto eu não via. Comi muita pamonha e também o macarrão chinês do meu pai.
De volta ao Rio, está sendo bom rever as pessoas queridas. Fizemos ontem uma longa viagem para Campo Grande, para um tão esperado aniversário infantil. Amo festas infantis com seus bolos, brigadeiros e brincadeiras. E, sobretudo, amo saber que aqui nesta cidade estou criando outras raízes e agregando famílias à minha família. E que tenho muitas casas onde sou recebida com o mesmo aconchego.
terça-feira, 14 de julho de 2009
Clube da Luluzinha
Tivemos hoje um Clube da Luluzinha no Sr. Crepe, pra variar. Definitivamente, é a melhor terapia.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Em Goiânia
Aterrissei em Goiânia hoje cedo e ainda não consegui entender o que esta cidade provoca em mim. Meu apartamento já sendo desmontado e as coisas sendo transferidas para a nova casa, para a qual iremos no fim do mês. E eu com essa mania de achar que os lugares que deixamos para trás têm que parar no tempo e permanecer imutáveis. Quero meu passado eternamente materializado de modo que eu possa visitá-lo e revivê-lo quando assim o desejar. Também aproveito minha vinda a Goiânia para consultar todos os médicos possíveis, tortura necessária. Tenho um quadro por terminar e saber disso me agrada. É o alívio de uma saída de emergência. Há o livro que ficou aqui e de repente sinto urgência em reler. Há os gatos correndo pela casa. Os telefonemas amigos, a presença familiar. Os muitos planos, coisinhas a comer, pessoas por encontrar. Há nada para entender, há muito o que viver.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Férias!!
Encontro histórico: eu, Dani e Nel. Como nos tempos do Marista. Fizemos uma crepada aqui em casa com violãozinho e os amigos do presente. Uma gostosa mistura de tempos e lugares.
Não sei por que o Rio, nas férias, adquire uns ares de Goiânia na infância. Eu pensava nisso, andando na rua, quando encontrei um floricóptero. É nome que demos, crianças, àquelas florzinhas lilases que caem girando como helicópteros.
Então me lembrei das manteiguinhas. Não sei por que assim batizamos as pedrinhas arredondadas que encontrávamos. Sei que elas nos eram humanas, com suas vidas e sentimentos. E brincávamos com elas e cuidávamos delas.
Felicidade me tem um sabor familiar...
Não sei por que o Rio, nas férias, adquire uns ares de Goiânia na infância. Eu pensava nisso, andando na rua, quando encontrei um floricóptero. É nome que demos, crianças, àquelas florzinhas lilases que caem girando como helicópteros.
Então me lembrei das manteiguinhas. Não sei por que assim batizamos as pedrinhas arredondadas que encontrávamos. Sei que elas nos eram humanas, com suas vidas e sentimentos. E brincávamos com elas e cuidávamos delas.
Felicidade me tem um sabor familiar...
terça-feira, 7 de julho de 2009
Eu também quero falar
Nos últimos dias, "Hamlet", com Wagner Moura, esteve em Goiânia. Meus amigos, Erika e Rodrigo, escreveram suas impressões sobre a peça. E, como eu adoro um debate e minha opiniões não caberiam no espaço de comentários, publico aqui o textinho que escrevi quando assisti ao espetáculo. Agora espero os comentários!
Shakespeare, que no século XVII fazia teatro para o mais variado público, formado por desde altas classes até aquelas mais populares, chega ao século XXI com uma aura de hermetismo. Trata-se de um Shakespeare inatingível, cuja compreensão só pode ser alcançada por uma elite intelectualizada e pedante. Em sua montagem de Hamlet, Aderbal Freire Filho destrói esse Shakespeare hermético, destinado aos amantes de línguas mortas, e nos apresenta um teatro vivo, que se aproxima do público, sem que isso signifique profanizar o consagrado autor. Para Aderbal, não há profanização, simplesmente porque não há deificação. A grandiosidade de Shakespeare está em seu alcance, na maneira certeira como atinge as nuances da alma humana, universalmente.
A cuidadosa tarefa para aproximar Shakespeare do público iniciou-se já no trabalho com o texto, cuja tradução foi realizada pelo próprio diretor, juntamente com Wagner Moura e Barbara Harrington. Essa apropriação do texto deu à peça um entendimento uterino, já que cada palavra foi meticulosamente escolhida e digerida pela equipe. Buscou-se uma linguagem sem rebuscamento, mas não menos poética. As palavras, na boca dos atores, descristalizaram-se, enchendo-se de sentido e de sentimentos. A grandeza de tais sentimentos, porém, perdeu um pouco de sua sutileza ao manifestar-se, na atuação de Wagner Moura, como uma grandeza de gestos. Excesso que não passou despercebido pela platéia perspicaz, que encheu o teatro de gargalhadas, quando Hamlet afirmou que teatro nada tem a ver com exagero. A platéia achou graça da contradição, talvez mesmo sem se dar conta.
O cenário quase minimalista e o figurino, uma mescla de roupas atuais com alguns elementos simbólicos que remetem ao contexto da peça, evidenciam o que é constantemente revelado: que o teatro nos transporta, mas não nos ilude. Que estamos diante de uma ficção, que, entretanto, é capaz de nos atingir como talvez poucos fatos reais consigam. Aderbal nos transporta para esse mundo shakespeareano de maneira metalingüística, lembrando-nos que isso é teatro. É teatro e é real. Os atores, diante da platéia, transformam-se e se destransformam, transitando entre ator e personagem. O cenário abriga ambos. Uma câmera de vídeo, manipulada pelos atores em cena, cujas imagens são projetadas em um telão ao fundo do palco, amplia a ficção e sua metalinguagem. E assim Aderbal nos conduz por uma trama em que cada elemento é lucidamente escolhido, cada opção se revela coerente e dotada de sentido, para, enfim, chegar ao resultado esperado: aproximar Shakespeare de cada um de nós. Trazer Hamlet para tão perto, tão perto: para dentro. Se o objetivo foi alcançado, mede-se pela resposta do público, que lota o teatro: aplausos fervorosos e emocionados.
Shakespeare, que no século XVII fazia teatro para o mais variado público, formado por desde altas classes até aquelas mais populares, chega ao século XXI com uma aura de hermetismo. Trata-se de um Shakespeare inatingível, cuja compreensão só pode ser alcançada por uma elite intelectualizada e pedante. Em sua montagem de Hamlet, Aderbal Freire Filho destrói esse Shakespeare hermético, destinado aos amantes de línguas mortas, e nos apresenta um teatro vivo, que se aproxima do público, sem que isso signifique profanizar o consagrado autor. Para Aderbal, não há profanização, simplesmente porque não há deificação. A grandiosidade de Shakespeare está em seu alcance, na maneira certeira como atinge as nuances da alma humana, universalmente.
A cuidadosa tarefa para aproximar Shakespeare do público iniciou-se já no trabalho com o texto, cuja tradução foi realizada pelo próprio diretor, juntamente com Wagner Moura e Barbara Harrington. Essa apropriação do texto deu à peça um entendimento uterino, já que cada palavra foi meticulosamente escolhida e digerida pela equipe. Buscou-se uma linguagem sem rebuscamento, mas não menos poética. As palavras, na boca dos atores, descristalizaram-se, enchendo-se de sentido e de sentimentos. A grandeza de tais sentimentos, porém, perdeu um pouco de sua sutileza ao manifestar-se, na atuação de Wagner Moura, como uma grandeza de gestos. Excesso que não passou despercebido pela platéia perspicaz, que encheu o teatro de gargalhadas, quando Hamlet afirmou que teatro nada tem a ver com exagero. A platéia achou graça da contradição, talvez mesmo sem se dar conta.
O cenário quase minimalista e o figurino, uma mescla de roupas atuais com alguns elementos simbólicos que remetem ao contexto da peça, evidenciam o que é constantemente revelado: que o teatro nos transporta, mas não nos ilude. Que estamos diante de uma ficção, que, entretanto, é capaz de nos atingir como talvez poucos fatos reais consigam. Aderbal nos transporta para esse mundo shakespeareano de maneira metalingüística, lembrando-nos que isso é teatro. É teatro e é real. Os atores, diante da platéia, transformam-se e se destransformam, transitando entre ator e personagem. O cenário abriga ambos. Uma câmera de vídeo, manipulada pelos atores em cena, cujas imagens são projetadas em um telão ao fundo do palco, amplia a ficção e sua metalinguagem. E assim Aderbal nos conduz por uma trama em que cada elemento é lucidamente escolhido, cada opção se revela coerente e dotada de sentido, para, enfim, chegar ao resultado esperado: aproximar Shakespeare de cada um de nós. Trazer Hamlet para tão perto, tão perto: para dentro. Se o objetivo foi alcançado, mede-se pela resposta do público, que lota o teatro: aplausos fervorosos e emocionados.
domingo, 5 de julho de 2009
Mulher à beira de um ataque de nervos
Obrigações, trabalhos, provas, diversões, emoções. Tanto a fazer e a viver. Eu não consigo escolher. Quero tudo. O que se passa fora e o que se passa dentro. Cumprir com as obrigações e viver todos os prazeres. Pouquíssimas horas de sono, tempo quase nenhum em casa. Euforia e sono se revezam ao longo do dia. E eu me entrego à vida mais do que meu corpo aguenta.
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