*O título é roubado da Elisa Lucinda. Achei um caderninho antigo em que tinha feito essa brincadeira, mas agora faço uma versão atualizada de mim.
... que bebo suco de frutas como se bebesse cerveja. Enquanto os outros ingerem álcool, vou no suquinho e me sinto tão relaxada, feliz ou boba quanto qualquer outra pessoa da mesa.
... que uma ducha resolve para lavar o corpo, mas só um bom mergulho lava a alma.
... que preciso parar um pouco de falar besteiras, pois descobri que as pessoas me levam a sério. Incrível, mas tem gente que acredita nas coisas que digo.
... que tenho tropas de anjos da guarda se revezando para me proteger. E isso é herança de família.
... que acredito que a maior procura do homem seja pelo sentimento de comunhão. Isso é buscado nas drogas, nas religiões, no amor. Eu encontro fácil nas filosofias de boteco.
... que existem vários tipos de sono, como o sono de olhos, o sono de peso no corpo e o sono de subir um palmo acima do corpo. E que este último é delicioso, quando já estamos na cama.
... que não suporto televisão como som ambiente.
... que tanto peixes quanto carros só são bonitos quando parecem de brinquedo.
... que acho os hippies os homens mais bonitos do mundo. E não é porque gosto de batas, sandálias, cabelão e barba. Por algum motivo misterioso, os hippies nascem mais bonitos.
... que coisas ruins também podem ser belas. As favelas, à noite, parecem árvores de Natal. E a poluição dá ao céu um lindo tom alaranjado.